Aleijamentos – Parte 1

Essa postagem é um rascunho introdutório sobre um dos verbetes de minha dissertação de mestrado: teoria crip. Como estou buscando uma forma de narrar as ideias suscitadas a partir de minha pesquisa, resolvi abordar alguns pontos que serão fundamentais de forma ‘desconexa’, sem linearidade imediata. Essa formatação, que é um exercício de descoberta de modos críticos de narrativa nas ciências sociais, está inspirada na narrativa hipertextual antropológica de Wagner Xavier de Camargo (2012). A ideia metodológica hipertextual de Camargo evoca continuidades e descontinuidades de acordo com a fluência do leitor e da leitora nos pontos chaves do assunto abordado na pesquisa. Assim, como em um blog é possível navegar entre palavras-chave e se informar de maneira ‘disforme’, sem caminho prévio específico, no trabalho de Camargo não perdemos essa possibilidade, e fica a impressão de que as disjunções da narrativa são um convite a produzirmos novas conexões críticas que as mediem.

Sobre o verbete teoria crip: começo aqui o texto tendo como pano de fundo teórico a obra Crip Theory: Cultural Signs of Queerness and Disability de Robert Mcruer (2006). O mote inicial para a escrita dessa peça se deu na tomada analítica de meu próprio corpo. Numa epifania auto-etnográfica, ou auto-ficcional, exercito em duas partes esboços de tensões teórico-analíticas entre ‘sinais culturais da deficiência’ e suas materialidades identitárias. Uma abordagem mais pontual da teoria crip já foi trabalhada por mim em artigo publicado recentemente (GAVÉRIO, 2015).

IMPORTANTE: Este texto faz parte de minhas pesquisas de mestrado pelo PPG-Sociologia da UFSCar e financiadas pelo CNPq\CAPES e estão sob orientação do prof. dr. Jorge Leite Júnior. Qualquer menção a esse texto deve vir acompanhada dessa ressalva: uma pesquisa pública e em andamento

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